Alienação do sistema bancário internacional como uma das sanções com maior impacto na capacidade de operação da empresa. A medida surge após a gigante diamantífera russa, em parte detida pelo estado, admitir ter dado aos acionistas mais 20% dos lucros do que o “limite requerido”.
A Alrosa, empresa russa de extração e produção de diamante, admite não dividir os lucros da segunda metade de 2021 com os acionistas. Os dividendos pagos pelo primeiro semestre ascenderam aos mil milhões de euros, mais de 70% das receitas da companhia.
“Considerada a situação em que nos encontramos, e dado que o pagamento interino dos dividendos em 2021 ascendeu aos 70% dos lucros de toda a rede em 2021, excedendo o limite requerido de 50%, o conselho decidiu não recomendar dividendos para o segundo semestre” declara a Alrosa, em comunicado.
A medida prende-se com a necessidade de “manutenção da sustentabilidade das operações e atender às obrigações sociais visto a companhia continuar a ser um empregador fulcral na região e nas vidas e nos bem-estar dos seus funcionários”, justifica a diamantífera.
As sanções à Rússia têm mantido a companhia impossibilitada de manter as operações em funcionamento, e já se prepara para uma quebra nos lucros dos próximos semestres. Os acionistas tem encontro marcado para 30 de junho, e este promete ser um tema em destaque.