Imagem: Lipari
Apesar de o Brasil ter uma longa história de mineração de diamantes, a Braúna é a primeira mina de diamantes do país e da América do Sul a ser desenvolvida a partir de um depósito de kimberlito. Todas as outras minas tinham sido aluvionares.
A partir de 2008, a empresa brasileira Lipari Mineração iniciou pesquisas na região de Nordestina, mais especificamente na mina Braúna. O empreendimento teve o início da sua produção comercial em Julho de 2016. Devido à sua mina pioneira, a Lipari é considerada a maior produtora de diamantes do Brasil.
Uma grande ajuda na economia local e nacional
Antes da implantação, em 2015, as terras eram utilizadas principalmente para a agricultura e pecuária de subsistência. A empresa refere que a mina Braúna e as suas instalações ocupam uma área de aproximadamente 110 hectares, o que representa apenas 6% dos 1875 hectares do processo mineiro e cerca de 40% dos 269 hectares das propriedades rurais mantidas pela Lipari.
O município de Nordestina tinha uma população local de cerca de doze mil e quinhentos habitantes, em 2013, e treze mil cento e sessenta e quatro e habitantes, em 2020, um aumento em parte explicado pelo facto de profissionais que moram em Nordestina ou nas comunidades vizinhas do Estado trabalharem na mina. Emprega mais de 300 colaboradores diretos e indiretos.
A mina tem “equipamentos próprios para alimentar uma fábrica de processamento de 2000 toneladas de minério kimberlítico por dia”, afirma a Lipari. A operação a céu aberto está concentrada no depósito de kimberlito chamado Braúna 3.
A Braúna efetivamente catapultou o Brasil para o mundo dos diamantes. A produção da mina Braúna representa 95% da produção de diamantes naturais do Brasil e 75% do valor da exportação nacional diamantífera em dólares americanos.
A produção total de diamantes naturais esperada no país, em 2021, estava na ordem dos 140 000 quilates, com um valor de exportação de 32 milhões de dólares americanos (ou seja, 228 dólares por quilate).
Até o último dia do ano passado, a mina Braúna produziu 943 506 quilates de diamantes brutos naturais. Considerando o mesmo período, foi possível vender 926 447 quilates de diamantes, arrecadando a empresa 174 milhões de dólares americanos, a partir de um preço médio de venda de 188 dólares por quilate.
A Lipari comercializa e exporta toda a sua produção de diamantes brutos para a BH Diamonds ME DMCC no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Planos tendo em conta o meio ambiente
A mina Braúna tem um tempo de vida útil de oito a nove anos no total, com possibilidade de prolongar esse tempo através de operações subterrâneas que estão a ser consideradas neste momento.
A empresa garante que “a responsabilidade ambiental é um dos pilares dos negócios da Lipari e das suas operações em Nordestina. A Companhia conta com uma equipa de especialistas ambientais dedicada, que desenvolve uma série de programas de monitorização especializada, que ajudam a mitigar qualquer impacte que possa surgir com a atividade mineira. Alguns desses programas de controlo e monitorização são desenvolvidos em parceria com os principais stakeholders na comunidade local”.
Numa tentativa de minimizar o impacte que a exploração mineira tem no meio ambiente, a fábrica de processamento na mina usa uma tecnologia inovadora, que consegue recuperar entre 95 e 98 por cento da água usada durante as operações.
Reduz, assim, a necessidade do volume de água necessário a ser captado no Rio Itapicuru e elimina também a necessidade de haver uma bacia de rejeitos ou área para armazenar o material descartado da fábrica de processamento.
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