O tão cobiçado diamante veio de minas aluvionares na Índia há milhares de anos atrás. A revista Smithsonian refere que as origens do diamante remontam ao ano de 3000 a.C. por ter pertencido ao governante de um antigo reino Oriental.
Algumas das lendas que envolvem o Koh-i-Noor são a de que a pedra preciosa traria má sorte ou causaria a morte de qualquer homem que a usasse ou simplesmente a tivesse em seu poder; ou o oposto em relação às mulheres. De acordo com outra lenda popular, quem fosse dono do diamante teria sempre uma vitória garantida e superioridade em relação aos seus inimigos.
O verdadeiro poder do Koh-i-Noor
Em 1306, o diamante, que ainda não se chamava Koh-i-Noor, foi mencionado pela primeira vez em alguns textos históricos como pertencendo aos Rajás de Malwa (uma região na Índia), segundo alguns historiadores.
O líder mongol Zahir-ud-Din Babur veio da Ásia Central através do Passo do Khyber (localizado entre o atual Afeganistão e o Paquistão) para invadir a Índia, em 1526, estabelecendo a dinastia islâmica Mongol e uma nova era com uma paixão especial por pedras preciosas. Os Mongóis governaram o Norte da Índia durante 330 anos, expandindo o seu território por quase toda a Índia atual, Bangladesh, Paquistão e Leste do Afeganistão. Ao mesmo tempo ganhavam os espólios de guerra na forma de pedras preciosas.
O Koh-i-Noor apareceu num registo escrito em 1628, quando o governante mongol Shah Jahan encomendou um trono todo adornado com pedras preciosas. A estrutura foi inspirada no trono de Salomão, o rei hebreu das histórias do Islão, Judaísmo e Cristianismo. O Trono do Pavão levou sete anos ao todo a ser feito, chegando a custar até quatro vezes mais do que o Taj Mahal, que também estava em construção.
Um século após a criação do Trono do Pavão, Nova Deli foi invadida pelo governante persa Nader Shah. Na violenta e sangrenta invasão que ceifou dezenas de milhares de vidas, Nader, ao deixar a cidade levou um enorme tesouro (pedras preciosas e ouro) que “exigiu 700 elefantes, 4000 camelos e 12 000 cavalos para o puxar”, de acordo com a revista Smithsonian. O governante persa também levou consigo o Trono do Pavão mas removeu o diamante Koh-i-Noor, passando a usá-lo numa braçadeira.
Durante 70 anos o Koh-i-Noor teve a sua morada num território que é hoje o Afeganistão. Nesse período passou pelas mãos dos mais variados governantes e sempre com violência e carnificina à mistura. Existe inclusive uma história de um rei que cegou o seu próprio filho. Com todas as guerras entre facções da Ásia Central e sempre com uma nova figura no poder na Índia, entram então em cena os britânicos.
Os novos e praticamente eternos donos
No século XIX, após décadas de luta, o diamante retornou à Índia, mais precisamente, às mãos do governante sikh Ranjit Singh, em 1813. Só que, como para os britânicos o Koh-i-Noor simbolizava o mais alto grau de prestígio e poder, passaram a ter como missão a posse da jóia da Índia, e consequentemente, o próprio país. Quando se soube da morte de Ranjit Singh, em 1839, os britânicos fizeram os possíveis para que o diamante não fosse oferecido aos sacerdotes hindus (desejo de Ranjit Singh).
Após um período caótico de mudança de governantes, em que quatro governantes assumiram o trono ao longo de quatro anos, as duas únicas pessoas que restaram foram um menino de dez anos, Duleep Singh, e a sua mãe, Rani Jindan. O plano dos britânicos, de tomarem finalmente posse do diamante, estava prestes a realizar-se. A mãe foi presa e os britânicos forçaram Duleep a assinar um documento legal, alterando o Tratado de Lahore, que exigia que Duleep entregasse todas as suas terras e posses, incluindo o Koh-i-Noor.
O diamante passou a ser um dos favoritos da rainha Vitória. Chegou a ser exibido na Grande Exposição de 1851, em Londres, mas para surpresa de todo o público britânico, não parecia um diamante nada vistoso, chegando a ser comparado com um pedaço de vidro comum. O príncipe Alberto, marido da rainha Vitória, decidiu então mandar lapidar e polir a pedra, um processo que reduziu o seu tamanho para metade (105,6 quilates).
Desde então, o Koh-i-Noor tem sido usado por diferentes membros da família real britânica. No início, a rainha Vitória usava o diamante num alfinete, mas posteriormente passou a fazer parte das Jóias da Coroa. O diamante chegou ao seu atual lugar, no centro da coroa, em 1937, usada pela Rainha-Mãe, Isabel Bowes-Lyon, na coroação do marido, Jorge VI. A última vez que a coroa apareceu em público foi em cima do caixão da Rainha-Mãe, aquando do seu funeral, em 2002.
Depois de ser, durante vários séculos, o tema principal de inúmeras controvérsias, o Koh-i-Noor voltou a estar nos tópicos mais falados no mundo após a morte da Rainha Isabel II. Os indianos exigem que o diamante regresse ao país. Esta é já a segunda tentativa para a devolução do Koh-i-Noor (a primeira vez foi o próprio governo indiano a reclamá-lo, a propósito da independência da Índia, em 1947, mas os britânicos afirmaram não haver fundamento legal para a restituição da jóia).
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