A grande participação da Índia no mercado de diamantes criados em laboratório

Dados do Gem Jewellery Export Promotion Council (GJEPC) revelam que a Índia contribui com cerca de 15% da produção global de diamantes criados em laboratório.

As exportações de diamantes lapidados criados em laboratório da Índia aumentaram cerca de 70% no período de Abril a Julho deste ano, para 622,7 milhões de dólares americanos, enquanto as de diamantes lapidados e polidos diminuíram cerca de 3%, para 8,2 mil milhões de dólares, durante o mesmo período.

A Índia também registou um aumento acentuado nas exportações de diamantes criados em laboratório, no valor de 443 milhões de dólares, que aumentaram 102% year-on-year.

De acordo com um relatório da Prabhudas Lilladher, uma organização indiana que realiza pesquisas na área financeira, no início de 2020 as exportações de diamantes criados em laboratório na Índia aumentaram 60% em relação ao ano anterior, enquanto as exportações de diamantes naturais registaram uma queda de 41%.

Todavia, os diamantes criados em laboratórios representam uma pequena parte do mercado atual. A Índia arrecadou quase 24 mil milhões de dólares americanos em diamantes lapidados extraídos de minas no ano passado.

Ainda de acordo com o relatório, o GIA previu que as vendas anuais totais de diamantes criados em laboratório irão ultrapassar os 100 mil milhões de dólares num futuro próximo (o mercado vale cerca de 20 mil milhões de dólares neste momento). Esta categoria de diamantes apresenta uma taxa de crescimento anual de quinze a vinte por cento.

A Índia é especializada e lidera na tecnologia de deposição química de vapores (CVD), que certifica um dos tipos mais puros de diamantes.

Estima-se que nove em cada dez diamantes do mundo sejam lapidados em Surat, no estado de Gujarat, na Índia. A cidade avançou rapidamente nos últimos dois/três anos em relação ao polimento destes diamantes.

Neste momento, 25 a 30 por cento das unidades de polimento de diamantes em Surat trabalham com diamantes criados em laboratório e 15 por cento das unidades trabalham apenas com o produto criado em laboratório.