Um diamante natural verdadeiramente único foi recuperado pela De Beers, através da sua sightholder indiana VD Global (VDG). O diamante, que contém outro diamante menor na sua cavidade interna, possui 0,329 quilates, cor D, e é do tipo IaAB.
O De Beers Institute of Diamonds analisou a pedra preciosa rara nas suas instalações em Maidenhead, no Reino Unido.
Salientou que o diamante mais pequeno está preso no interior do maior, mas livre para se mover dentro do espaço em que se encontra.
O instituto explicou que “a cavidade foi formada devido à gravação preferencial de uma camada intermediária de diamante fibroso de baixa qualidade. Em algum momento entre a sua formação e a viagem para a superfície da Terra, a camada de baixa qualidade foi corroída e apenas o material de melhor qualidade ‘sobreviveu’ a este processo, ou seja, o diamante exterior e o núcleo”.

Imagem: Danny Bowler/De Beers Institute of Diamonds
“O Beating Heart é um exemplo notável do que pode acontecer na jornada do diamante natural desde a formação até a descoberta”, disse Jamie Clark, chefe de operações globais do De Beers Institute of Diamonds.
Samantha Sibley, educadora técnica do De Beers Group Ignite, frisou: “Nunca vi nada como o Beating Heart durante os meus últimos 30 anos no setor de diamantes. Usando a experiência do grupo, podemos esclarecer a formação e a estrutura desse espécime natural e compartilhar essas percepções com uma comunidade mais ampla de profissionais de diamantes.”
O Instituto de Diamantes foi alertado sobre o diamante em Outubro do ano passado, quando a VD Global (VDG) o considerou como “uma anomalia natural potencialmente interessante”.
O bruto foi recuperado num dos quatro locais de mineração da empresa (Botsuana, Canadá, Namíbia ou África do Sul), e chegou ao instituto em Novembro do mesmo ano.
Foi registado na plataforma blockchain Tracr, da De Beers, e será mantido na sua forma bruta para pesquisa e educação, com o consentimento da VDG e com o apoio do instituto.
O Beating Heart junta-se a um grupo selecto de diamantes naturais semelhantes, que inclui o famoso diamante Matryoshka, encontrado na Sibéria e registado pela primeira vez em 2019.
Fonte: De Beers Institute of Diamonds