Numa altura em que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia se agudiza, ameaçando uma escalada a nível global, aproveitando a visita de Joe Biden ao cenário de guerra, o Grupo dos Grandes vai reunir agora para discutir o problema dos diamantes russos, que não foram considerados na última ronda de negociações das sanções ocidentais à Rússia.
Com os grandes dividendos arrecadados pelo país com a exportação de pedras preciosas, o G7 procura parcerias-chave para implementar novas medidas que levem a um maior controlo da circulação desses bens.
Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos são os sete grandes, a que se junta também a União Europeia, que ainda não sancionou os diamantes russos.
No horizonte está um mecanismo de rastreamento das gemas russas, que funcione em todos os sectores da cadeia de fornecimento da indústria. Outras possibilidades serão a introdução de medidas em relação ao sector financeiro da Rússia, que preservem canais para as transações essenciais.
O grupo reafirma o seu compromisso de aplicar sanções mais robustas e sem precedentes, bem como mais medidas económicas para contrariar a capacidade russa de manter a agressão ilegal à Ucrânia.
Entretanto, os diamantes russos têm conseguido chegar a todo o mundo através da Índia, por exemplo, onde depois de polidos, são exportados em conjunto com pedras de outras origens, tornando impossível a sua identificação.
A Rússia juntou-se ao Grupo dos Grandes em 1998, dando origem ao G8. Mas foi excluída em 2014, no seguimento da sua anexação da Crimeia.
A China, apesar da sua grande economia, nunca foi considerada para membro deste grupo, uma vez que o baixo rendimento per capita não é considerado como adequado a uma economia avançada.
A União Europeia, apesar de não ser um membro, participa nas reuniões anuais do grupo.
A Alemanha lidera o G7 desde Janeiro do ano passado e será o país hospedeiro da sua reunião anual, em Junho.
Fontes: Rapaport, BBC News