Angola planeia produzir 12 milhões de quilates este ano

A Empresa Nacional de Diamantes de Angola revelou também no fórum internacional Mining Indaba, que está a ser realizado na Cidade do Cabo, que é esperada uma receita no valor de 2,1 mil milhões de dólares americanos com a venda de brutos em 2023.

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A meta de produção de 12 milhões de quilates esperada para este ano foi divulgada pela Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA) no Mining Indaba, um dos maiores eventos sobre a mineração no continente africano, de acordo com o Rough & Polished.

A empresa notou ainda que Angola produziu no ano passado cerca de 8,8 milhões de quilates, no valor de 1,96 mil milhões de dólares.

Tendo em conta o próximo ano, tudo indica que a produção no país aumente para cerca de 14,5 milhões de quilates e que represente uma receita bruta de 2,49 mil milhões de dólares.

A ENDIAMA explicou que este ano irá dar-se “uma evolução das cooperativas de produção semi-industrial para empresas de exploração industrial, assim como irá aumentar a sua participação na cadeia de valor dos diamantes através da dinamização da lapidação e da joalharia”, informou o Rough & Polished.

“A etapa seguinte é produzir e vender jóias em Angola, de modo a ultrapassar gradualmente o gap que existe entre a produção e a lapidação de diamantes no país”, declarou o presidente do conselho administrativo da empresa, José Manuel Ganga Júnior.

Outro objetivo da empresa passa pela agilização dos trabalhos de prospecção nos projetos Xamacanda, Luachimba e Sangamina.

A Sociedade Mineira do Chitotolo (SMC), que é uma parceria entre a ENDIAMA, a Lumanhe e a ITM Mining, divulgou ainda no mesmo evento que planeia produzir mais diamantes este ano.

O projeto localizado na província da Lunda-Norte irá produzir cerca de 281 mil quilates e espera obter uma receita na ordem dos 49 milhões de dólares americanos.

Nos últimos cinco anos o projeto produziu em média 206 000 quilates de diamantes anualmente, o que se traduziu numa receita de 31 milhões de dólares por ano.  

“Para os próximos anos, a empresa espera manter os níveis médios de produção previstos para o corrente ano, de cerca de 208 mil quilates”, acrescentou a SMC.

A empresa salientou que “no futuro irá se concentrar na mineração de kimberlito, caso as suas atividades de exploração produzam resultados”.

Neste momento o projeto possui um depósito secundário, ou seja, de aluvião.

Fontes: Rough & Polished, ENDIAMA

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