A produção de diamantes brutos da De Beers aumentou 6%, no quarto trimestre de 2022, o que segundo a Anglo American, a sua empresa-mãe, refletiu o forte desempenho das operações, principalmente da mina Jwaneng, no Botsuana.
Durante o trimestre foram produzidos 8,2 milhões de quilates, enquanto no período homólogo de 2021 a empresa contou com uma produção de 7,7 milhões de quilates.
No Botsuana a produção aumentou 11%, para 5,8 milhões de quilates, especialmente devido ao bom funcionamento da fábrica de processamento da Jwaneng.
A produção na Namíbia cresceu 51%, para 600 000 quilates, graças ao navio Benguela Gem e devido ao tratamento de maiores quantidades de minério nas operações no terreno.
No Canadá registou-se um aumento de 7%, para 800 000 quilates, impulsionado pelo tratamento de uma maior quantidade de minério.
A produção sul-africana foi a única que registou uma queda. Foram produzidos 900 000 quilates de diamantes, o que se traduziu numa queda de 27%.
A diminuição do número de produção deveu-se à conclusão da parte final do poço a céu aberto da mina Venetia, em Dezembro.
A Anglo American anunciou também que as operações da mina passarão a ser realizadas no subsolo ainda este ano.
Tendo em conta o ano inteiro de 2022, a De Beers conseguiu ter uma produção de 34,6 milhões de quilates, quando no ano anterior foi contabilizada uma produção de 32,3 milhões de quilates.
Os stocks de diamantes polidos continuaram a aumentar gradualmente no quarto trimestre, visto que os comerciantes a retalho “reabasteceram com mais cautela devido à crescente incerteza económica, o que levou a uma queda nos preços de polidos vendidos por grosso”, frisou a empresa.
Todavia, a procura pelos diamantes brutos da De Beers permaneceu estável, com o índice de preço de brutos a aumentar 23%, o que contribuiu para um preço médio de 197 dólares por quilate em 2022, ou seja, 51 dólares mais caro do que o do ano de 2021.
O aumento do índice do preço de diamantes brutos é atribuído à grande procura por parte dos consumidores de jóias com diamantes e ao facto de a De Beers se ter comprometido a revelar a proveniência dos seus diamantes, conferindo uma maior confiança ao consumidor.
A meta de produção definida para 2023 situa-se entre os 30 e 33 milhões de quilates, mas está sujeita às condições próprias do comércio diamantífero, concluiu a Anglo American.
Fontes: Anglo American