Botsuana é o novo secretário permanente dos KP

O Botswana ganhou a candidatura para ocupar o cargo de secretário permanente do Processo Kimberley (KP), o grupo que certifica que os diamantes são de origem fidedignas e respeitam os direitos humanos.

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Os KP revelaram em comunicado na segunda-feira que elegeram por unanimidade o Botswana como secretário permanente até 2024. Os membros continuam divididos em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia e sobre se os diamantes russos devem agora ser considerados como de conflito, ou não.

O órgão define diamantes de conflito como pedras preciosas usadas para financiar movimentos rebeldes que procuram retirar poder a governos legítimos.

Cinco membros dos KP manifestaram interesse no cargo, antes de a lista ser reduzida para três, com Botsuana, China e Áustria em disputa.

O coordenador do Botswana Diamond Hub, Jacob Thamage, disse à Reuters que antes do plenário da semana passada a Áustria tinha desistido do processo, deixando o Botsuana e a China na corrida.

O órgão, que conta com oitenta e cinco países membros, foi estabelecido em 2003 para eliminar o comércio de diamantes de conflito. Os KP têm conseguido estabelecer transparência na origem dos diamantes que circulam dentro da indústria, mas vários países querem que a definição de diamantes de conflito usada pelo consórcio sofra algumas reformas.

Depois de invadir o país vizinho em Fevereiro, a Rússia recebeu fortes críticas de vários países membros que estão a pressionar para que a definição de diamantes de conflito dos KP seja aumentada e inclua atores estatais que usam as pedras para financiarem atos de agressão.

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