Debswana faz mais de três mil milhões de dólares

A Debswana, que é uma das maiores contribuidoras para a economia do Botsuana, representando um quinto do PIB nacional, teve um aumento de 37,5% dos seus lucros, através da venda de diamantes brutos.

spot_img

A Debswana Diamond Company é uma joint venture entre a De Beers e o governo do Botsuana, que vende 75% da sua produção à De Beers e o resto é gerido pela empresa estatal Okavango Diamond Company.

É a grande responsável por quase todos os diamantes produzidos no Botsuana e a mina Karowe, da Lucara Diamond Corp., é a única outra mina de diamantes em operação no país. Os diamantes são essenciais à vida económica do Botsuana, gerando cerca de 30% da sua receita e 70% dos seus ganhos em divisas de diamantes.

As suas receitas aumentaram 37,5% nos primeiros nove meses do ano, o que foi possível graças a uma conjuntura bastante favorável: a procura contínua e estável de jóias, de acordo com o Bank of Botswana.

De Janeiro a Setembro, a Debswana conseguiu arrecadar 3,578 mil milhões de dólares americanos quando no ano passado registou um lucro de 2,602 mil milhões de dólares.

Se se tiver em conta a moeda do Botsuana, o pula (0,076 euros), as vendas de diamantes brutos aumentaram 52,5% para 43 237 mil milhões de pulas. Os valores das vendas realizadas pela empresa durante os nove meses deste ano são bem superiores àqueles obtidos durante o ano inteiro de 2021, em que as vendas foram na ordem dos 3,466 mil milhões de dólares americanos (38,134 mil milhões de pulas).

Apesar deste balanço positivo para a Debswana, a De Beers prevê o risco de o mercado abrandar nos próximos meses devido ao agravamento das condições económicas no mundo, a consequente redução dos gastos dos consumidores e as contínuas restrições chinesas devido à Covid-19.

A empresa mãe da De Beers, a Anglo American, explicou a situação como estando “de acordo com as tendências sazonais normais e prevê que as vendas no último trimestre do ano sejam afetadas pelo encerramento temporário normal das fábricas de lapidação e polimento devido aos feriados religiosos na Índia”.

spot_img

EDITORIAL

MAIS POPULARES