Cientistas russos tentam compreender diamantes da cratera Popigai

Cientistas do V.S. Sobolev Institute of Geology and Mineralogy da Russian Academy of Science conseguiram compreender a composição química das rochas da cratera Popigai, na República de Sakha, o maior depósito de diamantes lonsdaleite do mundo, divulgou o Science in Siberia.

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A cratera Popigai tem um diâmetro de noventa quilómetros e foi formada há cerca de trinta e cinco milhões de anos, quando um grande corpo cósmico caiu na Terra. Em 1971 foram descobertos na cratera os chamados diamantes de impacto (lonsdaleite).

Elena Agasheva, investigadora sénior do Laboratory of Lithospheric Mantle and Diamond Deposits of the V.S. Sobolev Institute of Geology and Mineralogy, disse que analizaram vestígios de ósmio e irídio nas pedras e que esse é o “único sinal confiável da existência de impurezas na matéria meteorítica estudada”.

Os especialistas consideram que será muito mais fácil determinar as suas utilidades quando a estrutura detalhada dos diamantes de impacto for conhecida, disse a publicação.

Os diamantes de impacto são um material natural, com uma nanoestrutura única capazes de alterar radicalmente a sua forma devido às suas propriedades abrasivas e resistência ao desgaste. São considerados superiores aos melhores graus de diamantes naturais e sintéticos.

Em 2014 cientistas siberianos desenvolveram um material resistente baseado em diamantes de impacto que pode ser usado para fazer ferramentas de corte, cortadores para processar ligas duras e também para fazer inserções em coroas para perfuração supercomplexa. Vários testes revelaram que esse material tem uma qualidade entre vinte a cinquenta e três vezes superior a diamantes sintéticos semelhantes, observou a agência de notícias Interfax.

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