As vendas da mineradora aumentaram 17% no terceiro trimestre do ano fiscal 2022/2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior, informou a empresa na quinta-feira.
“A procura por diamantes brutos permaneceu estável”, comentou a De Beers. “Embora a procura do consumidor por diamantes naturais continue elevada, a deterioração das condições económicas globais, a redução dos gastos do consumidor e os contínuos bloqueios chineses devido à Covid-19 vão ter um efeito negativo nas vendas de jóias com diamantes”, acrescentou.
Na segunda metade do ano, a De Beers acredita que a indústria vai revelar números mais baixos em países com inflação mais alta, embora tenha dito que “a geração do milénio mais abastada vai continuar a impulsionar as vendas”.
O encerramento de fábricas de lapidação de diamantes para feriados religiosos indianos, incluindo o Diwali, vai fazer com que as vendas da empresa diminuam no quarto trimestre, frisou a administração.
A produção da De Beers aumentou 4% neste terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior. A empresa apontou teores mais altos de minério na mina Orapa no Botsuana e no depósito Venetia na África do Sul, bem como a sólida produção do novo navio Benguela Gem, que extrai diamantes na costa da Namíbia, como as principais razões para esse aumento.
A produção geral no Botsuana aumentou 4%, para 6,6 milhões de quilates, uma vez que a melhoria em Orapa superou os teores mais baixos na mina de Jwaneng. As recuperações de diamantes na Namíbia aumentaram 33% para 531,000 quilates, com a produção nas minas sul-africanas a subir 5% para 1,7 milhão de quilates. No Canadá a produção caiu 7%, para 741,000 quilates, refletindo o impacte de problemas de mão de obra.
A De Beers manteve a sua previsão de produção de 32 milhões a 34 milhões de quilates para 2022, sujeita às condições comerciais e outras interrupções relacionadas com a Covid-19, revelou.