A Operação Conexão Internacional, desencadeada na última terça-feira pela Polícia Federal brasileira no âmbito do combate a uma organização criminosa de exploração ilegal de diamantes em Terra Indígena, executou seis mandados de busca e apreensão nos municípios de Espigão d’Oeste, Cacoal e Foz do Iguaçu, no Paraná.
A Polícia Federal também cumpriu diversas medidas cautelares, como monitorização electrónica e proibição de acesso ao interior de terras indígenas. O tribunal sequestrou e bloqueou também bens dos investigados até ao montante de 120 mil reais (23,500 euros) por cada indivíduo.
A Polícia Federal começou por prender em flagrante três homens que viajavam numa aeronave que aterrou em Cacoal, com uma carga de diamantes, dólares e guaranis (moeda do Paraguai) e dispositivos para avaliação de pedras preciosas (balança, lupa e outros equipamentos). O detidos eram de nacionalidade brasileira, paraguaia e norte-americana.
A carga transportada consistia em 25 diamantes brutos, num total de 45 quilates, no valor de mais de 320 mil reais (cerca de 63 mil euros). A investigação policial apurou que os diamantes terão sido extraídos da Reserva Indígena e estariam a ser vendidos de forma ilegal nos mercados brasileiro e internacional. A organização integrava um advogado que comercializava as pedras preciosas e assegurava o contacto com os clientes de fora do país.
Houve 24 polícias envolvidos na operação, autorizada por um juiz da 2ª Vara Federal Cível e Criminal de Ji-Paraná. A investigação contempla crimes de usurpação de bens, organização criminosa e lavagem de dinheiro, que podem chegar aos 23 anos de prisão.