A produção de diamantes nos países do Sul de África diminuiu no segundo trimestre de 2022. Segundo o Oxford Economics, a produtora de diamantes sul-africana De Beers reduziu a produção de diamantes nos países onde actua.
A produção global de diamantes por parte da empresa diminuiu em 3,7%, a comparar com o mesmo período do ano anterior, tendo sido produzidos apenas oito milhões de quilates.
No país líder em África na produção destas pedras preciosas, Botswana, a produção também diminuiu 4% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, tendo produzido cinco milhões de quilates entre Abril e Junho deste ano.
Quanto à África do Sul, a produção diminuiu 6 por cento, para um milhão de quilates, devido à recuperação de menores toneladas de diamante.
No relatório citado consta que a De Beers aponta, como fator para estes resultados, o processamento de minério de baixo teor nas duas principais minas, de Jwaneng e Orapa.
Contudo, o relatório também refere que a Namíbia é o único país na África meridional onde as operações da De Beers alcançaram um nível de produção mais alto do que no ano anterior. A produção na Namíbia aumentou 67,2%, para meio milhão de quilates, em grande parte impulsionada pelo forte desempenho contínuo do novo método de mineração de diamantes Benguela Gem, desde a sua implementação no primeiro trimestre de 2022.
O relatório do Oxford Economics também menciona Angola, país onde a De Beers voltou à exploração diamantífera em Abril deste ano, embora este relatório ainda não apresente resultados desse regresso à mineração. Segundo os últimos números do Ministério das Finanças angolano, a produção de diamantes aumentou no segundo trimestre de 2022 em 16,6% em relação ao ano anterior, atingindo uma produção de dois milhões e meio de quilates.
Enquanto a produção diminui, as vendas vão aumentado, uma vez que o relatório destaca que a procura tem sido bastante alta até agora, superando a oferta. As vendas da De Beers subiram para seiscentos e cinquenta milhões de dólares americanos no quinto ciclo, concluído em junho de 2022, o que representa um aumento em relação ao mesmo período do ano anterior, em que os lucros tinham sido de quatrocentos e sessenta e oito milhões de dólares.
O relatório apresenta-nos ainda um dado bastante curioso, uma vez que “as vendas da De Beers em 2022 são 24,4% superiores ao mesmo período em 2021”.