Com eleições nacionais à porta, o presidente Mokgweetsi Masisi encara o novo acordo com a De Beers como o primeiro passo para tornar o Botsuana a capital mundial do diamante.
Em entrevista ao canal de televisão Bloomberg, Masisi mostrou-se satisfeito com o resultado das negociações, que dobram a quota de diamantes que o Botsuana vai receber para vender autonomamente até ao final do novo contrato assinado com a De Beers.
Na realidade, o país começa com uma quota de 30 por cento, mais 5 por cento do que o anterior acordo estipulava. Só em 2033 ficará a receber os 50 por cento da produção das suas minas.
A gigante diamantífera é um negociador implacável desde o início da descoberta dos diamantes em África e tem conseguido impor as suas condições a quase todos os países produtores das pedras preciosas.
Masisi reconhece que podia ter sido melhor, mas que numa parceria tem de se dar tanto como se recebe.
O novo acordo já permite que o Botsuana aspire a maiores receitas, mais postos de trabalho, maior valorização e investimento em competências que até agora tem procurado fora das suas fronteiras.
A De Beers também se comprometeu em investir, durante o período deste novo contrato, 750 milhões de dólares para desenvolver a indústria diamantífera na região.
Fontes: Idex, Engineering News, Bloomberg