Um livro, dividido em dois volumes com cerca de 650 páginas, reúne os testemunhos e experiências de cem mulheres enquanto designers de jóias, o 100 Women of Jewelry. Linda Kozloff-Turner é a figura por detrás da obra, que levou sete anos a ser concluída.
A nova jóia de Linda Kozloff-Turner, mas que não foi feita para adornar os seus clientes, é o seu recém-lançado livro 100 Women of Jewelry, que junta um grupo verdadeiramente diversificado de cem mulheres da indústria joalheira.
O projeto começou em 2016 quando Kozloff-Turner assumiu a difícil tarefa de contar as experiências de outras mulheres numa indústria maioritariamente dominada por homens.
A autora do livro, que é também a fundadora e designer de jóias da Christine Marguerite Designs, no Colorado, nos Estados Unidos, estava a experienciar alguns problemas, como a questão de receber menos do que os joalheiros homens ou receber pedidos para imitar o trabalho de outros designers.

Imagem: LinkedIn
Começou a pensar se outras joalheiras estavam a passar por situações semelhantes e ao longo de sete anos foi recolhendo os testemunhos de mulheres dos quatro cantos do mundo, que naturalmente tiveram de ser reescritos após cada mudança nas suas vidas.

Imagem: Linda Kozloff-Turner (LinkedIn)
Além das entrevistas, o livro apresenta um retrato de cada mulher e respetivas peças de joalharia. A autora sublinha o facto de a obra promover a diversidade, a inclusão e a sabedoria feminina.
O grupo homogéneo de cem mulheres consiste em figuras, como Lucia Silvestre, diretora criativa da Bulgari para a alta joalharia, Lorraine West, designer de jóias de Nova Iorque, a princesa Nourah Al-Faisal, joalheira e fundadora da Saudi Fashion Week, Luísa Rosas, joalheira portuguesa, e Bibi van der Velden, designer holandesa, mas que reside em Portugal.

Imagem: 100 Women of Jewelry (Instagram)

Imagem: 100 Women of Jewelry (Instagram)

Imagem: 100 Women of Jewelry (Instagram)

Imagem: 100 Women of Jewelry (Instagram)
Linda Kozloff-Turner, depois de um longo processo de pesquisa, encontrou a sua primeira entrevistada, Lisa Jenks, e após cada entrevista ia perguntando às mulheres sobre a designer que achariam que deveria ser incluída no livro.
Para reunir todos os depoimentos, a autora encontrou-se com cada entrevistada no seu atelier, enquanto participava de exposições ou, especialmente durante a pandemia, através do Zoom.
“O meu objetivo era obter uma representação global das experiências das mulheres na indústria joalheira. Missão cumprida! Os livros de edição limitada são impressionantes”, salientou Linda Kozloff-Turner no seu LinkedIn.
Por cada venda de um livro, é feita uma doação à Women’s Jewelry Association (WJA), a pedido do editor da obra, Frank Stankus, em honra da sua falecida esposa, Cindy Edelstein, uma consultora que ajudava a comunidade de designers de jóias.
O Fashion Institute of Technology, em Nova Iorque, também recebe uma parte do lucro das vendas, em homenagem à antiga professora do instituto e artista de jóias, Yupadee Kobkulboonsiri.
Linda Kozloff-Turner terminou recentemente o curso de Gemologia do Gemological Institute of America (GIA), recebendo várias bolsas ao longo dos anos para conseguir obter o seu diploma.
Como forma de retribuição, cada venda também contribui para o programa de bolsas do GIA.
Fontes: 100 Women of Jewelry, Linda Kozloff-Turner (LinkedIn), jewelryconnoisseur.net, iaja.com, WJA