Museu Histórico do Estado exibe diamantes mais notáveis da Alrosa

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O Complexo de Exposições do museu inaugura hoje a exposição “O Caminho do Diamante. Um milagre da Natureza e uma obra-prima feita pelo homem”, dedicada à história de mineração de diamantes na Rússia, destacando alguns dos diamantes mais raros de sempre.

Os visitantes da exposição, que termina a 10 de Setembro, realizada na capital russa, têm a oportunidade de conhecer as principais caraterísticas dos diamantes naturais e toda a sua jornada, desde a forma como são recuperados até a fase de polimento.

A exposição tem uma secção dedicada ao célebre diamante Matryoshka e outra relativa à história do diamante russo mais caro, o Spirit of the Rose, no valor de dois mil milhões de rublos, cerca de 23,2 milhões de euros.

No website do museu é explicado que os primeiros depósitos de diamantes na Rússia foram descobertos por geólogos em meados do século XX, em Yakutia, uma região do Norte do país onde a temperatura cai abaixo de 60°C no Inverno.

Acredita-se que aproximadamente um em cada quatro diamantes no mundo seja extraído na Rússia, e que a Alrosa (Almazy Rossii Sakha) seja uma das únicas empresas no mundo responsável pela recuperação de diamantes, mas também pela sua lapidação e cravação em jóias.

“Os diamantes são chamados «estilhaços de estrelas» e «lágrimas congeladas dos deuses». Essas pedras incríveis, criadas pela Natureza, atraem as pessoas com a sua beleza mágica há muitos séculos”, notou Alexei Levykin, diretor do Museu Histórico do Estado.

“Na nossa exposição mostramos todo o caminho que um diamante percorre desde o momento em que é extraído até a sua transformação num diamante polido e brilhante”, declarou Alexei Levykin.

Lyudmila Demidova, especialista-chefe da Alrosa e curadora da exposição, destacou que sessenta dos diamantes mais raros e históricos extraídos pela empresa estão presentes na exposição.

“Os diamantes com uma morfologia única são formas muito raras e surpreendentes que não interessam apenas aos gemólogos profissionais. Isso inclui o famoso diamante Matryoshka, que recebeu esse nome devido à sua característica única: outra pedra preciosa que se move livremente dentro de um diamante maior”, acrescentou Demidova.

O diamante Matryoshka, de 0,62 quilates, recuperado em 2019
Imagem: Jianxin (Jae) Liao/GIA

A exposição também conta com trinta diamantes lapidados pelos melhores mestres nacionais, incluindo um diamante amarelo de 14 quilates com lapidação pêra, de acordo com o website do museu.

Além disso, apresenta réplicas dos maiores e mais caros diamantes alguma vez lapidados na Rússia: o maior diamante lapidado da história do país, o Spectacle, de 100 quilates; o mais caro, um diamante rosa de 14,8 quilates, o Spirit of the Rose; e o Firebird, um diamante amarelo de 20,7 quilates.

Diamante Spirit of the Rose
Imagem: Sotheby’s

O processo de lapidação de diamantes foi aperfeiçoado durante séculos no qual, mesmo apesar da introdução de novas tecnologias, a habilidade do lapidador ainda desempenha um papel fundamental nesse complexo processo.

A forte ligação dos diamantes com o setor joalheiro também é evidenciada na exposição, que tem coleções exclusivas criadas por mestres russos do Alrosa Jewelry Group.

Tem uma coleção de jóias com diamantes luminosos, “Alrosa-Luminous”, e as coleções “De acordo com os esboços de Peter Carl Fabergé” e “Imperium”, criadas em conjunto com o Museu Hermitage.

Fontes: Museu Histórico do Estado, Rough & Polished, GIA

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